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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Desafio: chega hora e sem fim...

E heis eu outra vez aqui!!! :D, surpresa das surpresas...e é uma das grandes...Decidi corresponder a um desafio que me foi proposto já há mais de um ano...xD... Mas aqui vai..:_(nunca é tarde de mais)... O local original do desafio podem encontrar aqui 'Ticho'

O desafio era: escrever uma história a partir da imagem que está aqui a cima,..pois bem..quem quiser também pode experimentar :p.... a minha nem sei se é bem uma história...são mais uns pensamentos..:)...


"E mais um dia. Mais um dia que não anda nem para traz nem para frente. Tudo igual: a mesma luz do sol ofuscante, a mesma forma de andar e mesma forma de respirar.

E eu entro, fecho a porta. Como mais nada me apetece fazer, refugio-me…

Dirigindo-me à uma outra porta interior livro-me de tudo que tenho nas costas, nas mãos e nos ouvidos, dou repouso ao meu mp3, que também só tem oportunidade para isso quando eu tenho possibilidade de me isolar num silêncio completo.

Entro então no quarto, que já não é meu, não é de ninguém se não o do meu sapinho…é o meu esconderijo, o meu descanso, do mundo e dos meus pensamentos.

Sempre na mesma posição e na mesma companhia do meu animal de estimação e do semi-escuro lugar, deixo-me inspirar e aliviar os meus olhos de todo o pesadelo que passam lá fora.

É o momento em que não tendo musica nos ouvidos posso reflectir, pensar e/ou imaginar uma vida que nunca foi nem seria a minha nem de ninguém, ou posso simplesmente pensar em nada de específico, porque os pensamentos surgem incontroladamente.

A vida é esquisita e mais esquisita se torna quando penso nela…mas penso...e quando penso no meu passado lembro-me do meu príncipe. Este é o lugar em que dou asas aos meus pensamentos e a minha fraca imaginação. Eu sempre me imaginei uma princesa, não é por infantilidade, mas por dar mais graça aos meus pensamentos. Gosto de contos de fadas, no entanto, sempre me emocionei mais com histórias que não acabam propriamente com ‘e viveram felizes para sempre’.

Nem tudo tem que acabar bem e/ou sempre da mesma forma. E eu já tive um príncipe, tive no passado, no presente já não tenho...mas isso não me incomoda, até porque a minha história não acabou nem eu tento adivinhar o fim dela. Sou, como me imagino, uma princesa sem príncipe. Estou sozinha, mas nunca me considero como tal...tenho sempre o sorriso e a companhia do meu sapinho que se não fosse ele não precisaria sequer acender o meu velho castiçal, porque ele nunca se deu bem com o escuro e a electricidade aqui já há muito que deixou de passar... Um sítio abandonado, mas que se torna tão acolhedor para mim...

Voltando as minhas lembranças: sou portanto uma princesa que outrora viveu apaixonada e já se sentiu correspondida. A minha história até podia ser escrita como um conto de fadas vulgar, mas como eu não gosto de coisas vulgares, a minha história tomou um rumo diferente.. Continuo a ser princesa, o meu príncipe é que deixou de ser meu. Mudou. Não fui eu, mas sim ele, e eu não mudo de príncipes como quem muda de meias. Deixei simplesmente de o ter. Custou. Outrora ele era o meu único pensamento. Já passou. A pessoa que eu amei continua a viver mas o meu príncipe morreu.

Agora nada mais resta se não recordações...

O meu lugar favorito onde o tempo não passa e eu vivo descansada, esse é o meu mundo e a música é o meu segundo mundo, o mundo que é quando eu ponho os meus pés fora deste...

Evito o olhar do mundo comum porque me cega os meus olhos...é o sol, mas também são os actos humanos que por mim são incompreendidos.

A minha história não acabou porque o meu mundo é eterno..."

4 comentários:

  1. Olá Lininha,

    Que grande surpresa encontrar por aqui este desafio que já tem tanto tempo...! Mas fico muito contente, por ver que as coisas não são esquecidas e que vão permanecendo.

    Gostei da estória, embora confesso que tenha lido um pouco a correr já que estou no trabalho... Logo à noite virei aqui novamente, lê-la e "rouba-la" para ir para o Ticho, como resposta ao desafio, sim? :)

    Deixo-te um beijo
    CA

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  2. Li no blog da Cátia e achei uma estória linda de esperança! Parabéns! Gostei imenso. Beijinhos.

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  3. BEM!!!
    Ao tempo!!!
    Mas sinceramente valeu bem a pena :D
    Esta muito bom =D

    Mas sabes... não devemos evitar olhar o mundo comum e sim aprendermos e tirar lições importantes dele ;)

    Bjao grande ***+i
    Cmplx Girl

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  4. Ao tempo que não comentava nada por aqui...
    ...Não é que faça falta, entenda-se -_-' xD, mas achei que devia escrever umas baboseiras para aqui :). Não obstante, aquilo que vou dizer é principalmente direccionado ao comentário nº 3, e não ao texto em si...

    "não devemos evitar olhar o mundo comum e sim aprendermos e tirar lições importantes dele"

    Isto dava pano para mangas... e para umas quantas páginas de posts, mas reduzindo a teoria ao máximo, e colocando-a contextualizada, creio que a própria "protagonista" se isola do mundo de forma pontual, e não por norma como se sugere ao se escrever "evitar olhar o mundo...". Porque todas as pessoas têm que, em algum momento das suas vidas, alienar-se desse mundo comum, sob risco de se fundir com ele. Ora, isto induz que ao se fundir com o mundo comum nos tornemos comuns nós próprios, e não seres únicos e especiais, cada um à nossa maneira. Quanto às lições a reter, essas são retiradas do mundo comum principalmente quando nos alienamos dele, pois só assim temos uma visão totalmente imparcial do que nos rodeia (ainda que de olhos fechados)...

    É claro que a ideia de "olhar o boi pelos cornos", or in a proper manner, visualisar o mundo sem rodeios, é uma ideia algo sedutora, admito... mas definitivamente, não resulta. É para isso que existe a habituação. Se te deparas com um "pesadelo" no teu munco "comum", e se estiveres sempre sempre a "olhar" para isso, esse pesadelo, com impacto emocional em ti, passa a ser algo banal, sem importância...

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    Quanto ao texto em si, gostei bastante. Aliás, por norma tendo a gostar deste tipo de enredos mais psicanalíticos, daí que este seja definitivamente um must :P

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