Fecha os olhos!
O mundo é escuro.
Olha, mas mantém os olhos fechados
Sente!
A minha mão com a tua
Sente só!
O meu respirar e o teu calor,
Uma chama a nossa volta
Imagina e sente!
O calor vindo dos nossos corações
Que espalha a magnifica luz
Para que possamos ver a beleza de cada um.
Olha, meu amor!
Estou contigo
Vês, aqueles pássaros
Somos nós.
Somos nós a sobrevoar o céu tão alto
Imagina só!
Se pudéssemos voar assim eternamente,
Espalhar esta luz pelo mundo fora,
O mundo que está a nossa espera.
Imagina…
O mundo nada é sem o nosso amor.
Agora abre os olhos!
Vês, agora o mundo está mais claro.
Adorei o contraste entre o final e o início. Em como a partir das primeiras estrofes desenvolves constantemente a tua maneira de ver as coisas e a tua maneira de ser até que, quando chegas às duas ultimas estrofes, o leitor consiga ter uma ideia muito... "clara" (hehe) de como podem ser vistas as mesmas coisas numa perspectiva diferente.
ResponderEliminarFaz-me lembrar muito uma frase favorita de um autor que gosto:
O que vês quando olhas para onde todos olham?
- de Gonçalo M. Tavares
(Tenho-a no hi5 também)
Embora a frase original questione (a meu ver) se uma pessoa vê o mesmo que as outras, e se isso é uma coisa boa ou má; o facto de dar importância à perspectiva é o que me fez ter lembrado dela ao ter lido o teu texto. Só para dizer que aqui neste caso é mais sobre duas perspectivas diferentes de uma mesma pessoa.
Relacionando-me comigo, também considero que o poema baseia-se muito no optimismo, embora não sei se era essa a tua intenção ou se é apenas a minha maneira de o ver e sentir. Principalmente pela procura de ver as mesmas coisas de uma maneira melhor. Eu costumo ser muito assim.
De resto, tem várias características que já notei serem recorrentes na tua poesia, como o amor, o sentir, o voar e imaginar, e um certo contacto que transmite esses sentimentos ("Sente!/ A minha mão com a tua").
Haha, hoje apanhaste-me num espírito muito a favor da análise crítica de um texto (nem é uma coisa que costumo fazer =P).