Tenho medo de sentir
Tenho medo de pensar
Tenho medo de sorrir
E também o de cantar
Sinto as forças a contrair
O meu corpo a abandonar
Lentamente o imagino a cair
Sem vontade de levantar
Quase que me largam por completo
Quase que caio num sono
Por um triz que numa cama me deito
E deitada lá fico como num trono
Tenho medo todo o dia
Receio sentir o que não sinto
Tenho medo da alegria
Que vem e vai como um vento
A culpa desse sentimento
Que nem o é senão terror
A culpa é de alguém tão desatento
Que me deixa arder de calor
A culpa é do sol
Porque alguém a tem que ter
Os raios que provocam dor
As forças abandonam o meu ser
Tenho medo, terror e receio
Que a confusão em mim provocada
Que seja pouca, não creio
Me faça pensar que estou enganada
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