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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Outro Mundo

O que pensas? Surgiu-te uma nova ideia, estás sempre a inventar, mas olha, o mundo anda com falta de ideias novas. É tudo sempre o mesmo e a tua ideia provavelmente já foi colocada por outro, terá sido construída, desenvolvida até que se terá avariado.
Ingénuo, é assim que todos nascemos. Ocupas o meu lugar e segues e pensas que és diferente. Porém, não te estou a contradizer, és tanto quanto eu, és diferente.
A contradição faz parte do teu raciocínio… e sabias que tudo faz sentido? Então ficas a saber, digo: eu sou tu, mas tu não és eu; eu sou o mar e tu és o céu.
Mas quem és tu, afinal?
Os meus caros leitores saberão dizer?
És a minha invenção. És o que quiseres, és o meu outro mundo que segue as mesmas linhas que o meu; és o que eu quiser, mas estás fora de mim. És a ave que domina o céu…e eu? Sou…sou o que sou, mas não domino nada, a não ser, e só por vezes, o meu pensamento.
Deixa-te de coisas…Sabes que tens exame amanhã?
Ah…já me esquecia, as tuas linhas e o teu mundo não têm palavras, não precisas saber sequer quem é Fernando Pessoa e eu que ando aqui a divagar e a escrever o “nada que é tudo” (lá está Fernando Pessoa), um mito? Nada a ver, já me estou a deslocar e o que dizes tu? Nem sequer precisas falar português e eu, não digo que não gosto, até porque facilita a complicação do meu raciocínio. Afinal, este é, por enquanto, o meu mundo.
Lá se verá e o que será… será
Adeus ‘tu’… e só te peço uma coisa: não me apareças a frente (ou dentro de mim) quando eu estiver a fazer o exame… (pelo menos neste... :P)

3 comentários:

  1. ahahahaha XD

    Simplesmente brilhante! Excelente msm
    Parabéns, msm mt bom *******+i

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  2. Boas noites...

    Hmmm... não sei bem se isso é o himesfério esquerdo cerebral e respectivo bulbo raquiano mais inspirado a falar... (visto uma teoria qualquer dizer que racionalmente, é daí que vem a inspiração humana)...

    Ou se por outro lado será somente algum outro Alberto Caeiro a falar nesse texto...

    De uma maneira ou de outra, e tu certamente lá saberás qual delas foi, se, que não uma terceira, o que é certo é que o "teu" outro mundo está claramente intrínseco numa autentica espécie de bipolaridade conceptual.

    E desculpa-me pela linguagem estranhíssima, no cógito cientifico, mas acabei de saír de uma aula de tese filosófica, tudo o que penso estará de algum modo influenciado por isso.

    Continuando, e traduzindo por miúdos, acho que está mesmo muito bom. Não comentei os posts anteriores, pela simples razão de que não fazem parte de uma área que domine, e embora tenha achado ambos bastante interessantes, não iria certamente comentar nada de jeito. Já neste, e embora o comentário também não tenha saído grande coisa xD, achei que deveria vir aqui simplesmente para demonstrar o quão agradado fiquei com tal leitura :)

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  3. O início do teu texto faz-me lembrar bastante algumas das muitas discussões que tive em fóruns da Internet, em relação à originalidade.

    "Surgiu-te uma nova ideia, estás sempre a inventar, mas olha, o mundo anda com falta de ideias novas. É tudo sempre o mesmo e a tua ideia provavelmente já foi colocada por outro, terá sido construída, desenvolvida até que se terá avariado."

    Pois é, ideias novas praticamente não as há. Todas as nossa ideias, realmente, já foram desenvolvidas por outros.
    O mais interessante não são as ideias que temos, mas sim o que fazemos com elas. É aí que reside a originalidade de cada um, na minha opinião. E não só originalidade, mas competência, entre outras coisas.

    Quando imaginamos uma ideia, por alguma razão, essa ideia, na nossa cabeça, nos parece extremamente interessante. Mas quando a tentamos aplicar na prática, na maior parte das vezes, acaba por ser desinspirada, e "igual" a todas as outras ideias "iguais". É saber desenvolve-la até que, na prática, se torne tão interessante quanto ela o é na nossa imaginação, ou pelo menos tender para isso, que realmente interessa. Ou na maior parte dos casos, desenvolve-la ao ponto de se tornar quase irreconhecível da ideia original que havíamos imaginado. Acabando às vezes por ser até melhor do que esperávamos, mas de uma maneira que não esperávamos nada. =P

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